segunda-feira, 30 de junho de 2008

Menos

Pois é, depois de uma semana atarefadíssima, tentando sempre escrever alguma coisa no blog à noite, qdo chego em casa.... e nada, as idéias sumiram. Aquelas idéias que recheariam o blog, histórias, etc... de repente, nada! Fico pensando como deve ser difícil a vida de escritores, marketeiros... como eles fazem qdo dá um branco? Eles vivem disso. Se não tem idéia, não tem livro, não tem comercial, não tem salário, acho eu. Cruzes. Ainda bem que eu escrevo só pra descontrair.
Fico pensando por que cargas d'àgua fazemos tanta coisa num dia só. Por que entramos nessa? Imaginar que há alguns anos atrás - não mais que 10 - celular era um troço de luxo, email era um verdadeiro mistério, internet, complicadíssima! E hoje não vivemos sem isso. Quem vive sem isso ou não precisa ou mora longe, mas longe mesmo da modernidade. E aí viramos escravos de tudo isso. Olha eu aqui, escrevendo um diário eletrônico, que está na rede, vai que alguém lê. Porque não escolhi um diário de páginas de verdade, com cadeadinho e chavinha, como os que eu tinha na infância? Pois é bem difícil viver longe de tudo isso, por mais que se queira.
Pensando nisso, me vem a cabeca a ideia de consumo. Tento não ser uma pessoa muito consumista, não tenho mais tanto prazer em comprar roupas, sapatos, etc. Acho tudo isso muito bonito, gosto sim, mas penso muitas vezes antes de comprar. Gasto de outro jeito. Vou ao supermercado, compro uns ingredientes para fazer uma comida gostosa, em menores quantidades, o suficiente. Não acredito mais no "melhor sobrar do que faltar". Pra que? Fazer o que com tanta coisa excedente? Não, não... melhor ter o suficiente.
Uma vez, qdo eu estava decidida a voltar de Londres, depois de uma longa temporada lá, um inverno rigoroso e muita saudade de casa, resolvi fazer as malas. Mas era tanta coisa, mas tanta coisa, que eu ficava muito menor que toda aquela bagagem. Começei a jogar tudo fora, a dar as roupas, sapatos, coisas, bugigangas e fui me sentindo bem melhor. Bem mais leve. Ainda assim, cheguei com algum excesso de bagagem. E foi neste momento que eu pensei: eu não preciso de muita coisa para viver. A gente se apega, eu sei, às nossas coisas queridas, de valor sentimental, ou compradas com custo ou por qualquer que seja a razão. É difícil se desfazer, mas no fim, eu penso: são apenas coisas. Umas vão, outras novas podem entrar. E aí eu me desfaço delas. Guardo as bem boas, de qualidade e de valor, sentimental ou material mesmo, mas as outras, vão. Se bem que tem umas que ficam ali, na sacolinha esperando se vão ou se ficam, ali no "purgatório", fico com pena de dar, não sei se quem vai receber vai usar, vai cuidar... poxa, eu gostava tanto daquela peçinha... Quem sabe volta a servir, depois que eu emagrecer? Bom, o fato é que o grande volume se foi, assim sendo sobra mais espaço, menos tempo arrumando tudo, menos tempo gasto com bobagens, menos dinheiro gasto... E mais de tudo isso aplicado às coisas boas. Uma boa troca, não é?

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